segunda-feira, 26 de outubro de 2015

sem título

venha da lonjura o tempo longo das tardes do alentejo, 
em que as conversas escorriam pelos raios de sol, até a lua se pôr.
venham, que me perco,
nesta alucinação de regras e tratados e merda.
neste corropio demente,
onde já não encontro a minha loucura.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

sem título

fiquei lá, no fundo da azinhaga.
a nogueira secou e faltam corações para regar as hortas.
morreram todos.
primeiro o do poeta. 
depois, um a um, despediram-se outros do vale onde tudo se esgota no olhar dos que esperam.
levam quem fui para longe.
aqui, só sobro eu.