terça-feira, 22 de abril de 2014

Exercício redondamente falhado para Fernando Pessoa e El-rei Sebastião


hoje é o futuro da profecia
e, do difuso nevoeiro, nasce,
em esplendor, claro, o dia.

canto hoje os versos do amanhã
e a margem redonda do mundo.
gentio de solidão, ergo
a voz do império fecundo.

arremesso-me, mortal, ao infinito
dispo a cinza futura do que é ser.
luz imaterial, cântico, grito,
sou rumo de horizontes por fazer.

Sem comentários:

Enviar um comentário