hoje é o futuro da profecia
e, do difuso nevoeiro, nasce,
em esplendor, claro, o dia.
canto hoje os versos do amanhã
e a margem redonda do mundo.
gentio de solidão, ergo
a voz do império fecundo.
arremesso-me, mortal, ao infinito
dispo a cinza futura do que é ser.
luz imaterial, cântico, grito,
sou rumo de horizontes por fazer.
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