quinta-feira, 9 de julho de 2009

tu e o tempo da tua falta


Haverá sempre o eco do teu olhar e a gravidade amena do som da tua solidão, lado a lado nos meus passos, que já não acompanhas.

O tempo desfaz a ténue silhueta que resta de ti na minha memória e já não sei de cor a tua voz, esqueci a tua gargalhada e perco-te aos poucos, por não aceitar que já te perdi... sobras lembrança branca e difusa... só no peito permaneces. Intacto vazio, dolorosa saudade, amiga de olhar azul, mãe de todas as dores.
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Para a minha querida Filipa Mello, um ano após.

1 comentário:

  1. Um belo texto de saudade com arestas de memórias presentes.
    O esquecimento não tem lugar na memória, mas sim na força do nosso querer.

    "perco-me aos poucos por não aceitar que já te perdi"

    Um beijo

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