segunda-feira, 1 de junho de 2009

retrato 'à la minute', para h.v.





Sentas-te nas tardes do Sul,
desassossegando medos,
estremecendo mundos,
desvendando silêncios
e abreviando o tempo.

Sei, sim, eu sei quem és,
mas não te conto.
Não quero a palavra
que diga a empatia que irrompe
desse ardiloso enredo
que te (des)oculta o rosto.






2 comentários:

  1. Ana.
    A tua poesia é como um sonho que nos desperta para outras realidades,
    É uma sensação agradável que nos conduz, como se não houvesse enredos em volta e de dentro de nós e a empatia da palavra, das palavras se soltasse inevitávelmente.
    Eu continuo a sonhar, para quando um mimo da tua poesia no Portugalmaresias?.
    Beijinhos de amizade
    joão

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  2. dizes- e que bem o dizes! - não dizendo.
    porque a poesia é também isso: a arte de esconder palavras numa caixinha de música.

    deixo-te um abraço grande, ana prado.

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