dos pássaros de luz que voejam no meu olhar, há os que teimosamente me levam à ardência esquecida de um passado de pedra.
faço-me espantalho, fingem susto de mim, mas é para lá que vão, para a esfera luminosa e latejante, habitada de Nada, onde sou cárcere de tudo quanto não sei que sou e sou. ou fui.
pouco importa o voo dos pássaros ou o destino das suas asas que me levam.
vão sem mim, coitada, que me quedei lá, de onde me crêem ausente.
Ana.
ResponderEliminarBelo, este teu sentir a poesia, " sou cárcere de tudo quanto não sei",
havia um tufo de tristeza
no meu olhar sereno frialdade
nem mar ou montes nem beleza
só uma mulher suspensa e saudade
há um ponto de encontro sobre mar
não ter medo de ser a nostalgia
não ter medo de dizer amo e amar
há um ponto de encontro na maresia
os meus e os teus olhos multidão
por eles passam infimas particulas
como raios estelares abismo solidão
chovem dos teus lábios em gotículas
não temos respostas para ausência
nada sabemos sobre nós os outros
adejamos em torno da incosciência
sem rumo como pássaros absortos
Ousei...
Um beijinho amigo