quarta-feira, 6 de maio de 2009

"desejo absurdo de sofrer"

quando a claridade visita as ruas
e o desprendimento
mora nos meus gestos,
vem a ânsia
absurda
de trazer aos meus dias
o som da tua palavra.
.
mas à tua voz que não responde,
esvazia-se a esperança
e morro

com o teu silêncio na minha mão.

2 comentários:

  1. É envolvente a serenidade dessa tua morte.

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  2. belo poema, ana prado.
    e repara: morrer com a mão cheia de silêncio não é o mesmo que morrer com as mãos vazias...

    abraço grande. gosto, quando me surpreendes com um texto, ou um poema, após longos interregnos.

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