quarta-feira, 29 de outubro de 2008

a propósito da saudade



Na berma do meu país, invoco as horas sularengas dos rasos campos ardentes.
O tempo desprendido de preceitos regrados que têm os meus dias neste litoral à beira-fim. Na berma do meu país, invoco a cavalgada inebriante das horas vagarosas que habitam as tardes do sul, onde pertenço. Nesta berma de beira-Atlântico, sítio onírico onde quis regressar, após o exílio. Voltada que sou, reparo que só o sonho permanece inalterado na memória que o alimentou. Tudo o mais desapareceu. Sabia-o. Desconhecia é que fizesse toda a diferença, entristecendo e angustiando os meus passos aqui.

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